30.4.13
Como se preparar para uma longa viagem de carro
Não há nada mais gratificante para um macho do que sentar ao volante de um possante(mesmo que não seja tão "possante" assim) e viajar por distâncias além do horizonte. A sensação de liberdade que se tem é algo fora do normal, todos deveríamos fazer uma viajem assim pelo menos uma vez na vida.
A não ser que você esteja ao volante de um supercarro nas estradas montanhosas da Itália com um helicóptero de apoio te vigiando de perto, não existe viagem perfeita. Felizmente, podemos caprichar nos preparativos.
Cheque os fluidos (e leve mais)
Confira o óleo do motor, fluido do radiador, fluido dos freios, fluido do câmbio, e faça tudo isto em casa, pra não ter que fazê-lo de maneira forçada no meio do caminho e talvez ter que desembolsar uma grana federal por algo de baixa qualidade em um mecânico picareta.
Aliás, não é só seu carro que precisa de fluidos, você também vai precisar. Sabe quanta água você deve levar para uma longa viagem de carro? Mais água. Não, mais do que isso. Pode colocar mais um pouco aí. MAIS!
Leve uma caixa de ferramentas
Não adianta levar fluidos extras e não ter como utilizá-los. Felizmente todo macho que se preze tem uma caixa de ferramentas no carro, né?
Cheque os pneus e o estepe
Caso você tenha dúvidas sobre como trocar um pneu, aqui tudo está explicado.
Acredite: muita gente deixa de conferir se os pneus estão bem calibrados ou em condições de rodar mesmo antes de rodar por milhares de quilômetros. Não se esqueça de conferir se você tem um bom estepe, as ferramentas necessárias para trocar o pneu, um macaco e o triângulo.
Limpe seu carro (pelo menos por dentro)
Você quer passar quanto tempo sentindo aquele cheiro de comida velha que você deixou no banco de trás há anos? Não precisa estar impecável por fora, mas você vai querer pelo menos dar uma boa passada de aspirador de pó por dentro do carro antes de sair, né?
Música
Uma viagem longa é a hora correta pra ouvir, sei lá, a discografia daquela banda que você baixou há oito meses mas ainda “não teve tempo de escutar”. Eu ainda acho que nada combina mais com uma estrada que AC/DC. Apenas não faça como Marshall e Ted:
Rádios são uma boa opção
Se vocês estiverem viajando em dois ou mais carros, uma boa ideia é levar rádios, daqueles walkie-talkies. São melhores que celulares, principalmente em regiões serranas e no meio do nada.
Tire o sono atrasado
Dirigir cansado é uma merda. E um perigo.
Leve dinheiro em espécie
Dinheiro é bom por duas coisas: primeiro, nunca se sabe se por acaso você vai ficar preso em um posto no meio do nada que sequer possui máquina de cartões. Segundo, é importante ter uma grana para comprar bobagens e lembrancinhas na beira da estrada que você não verá em nenhum outro lugar.
Não confie só no GPS
Claro, nada contra você ter o GPS do celular pronto para alguma emergência. Mas talvez seja bacana planejar sua viagem no papel antes de ir. E é bom ter um mapa no carro. E não é só para quando você ficar sem bateria ou sem sinal. Falo de entender melhor o lugar para onde está indo e como fazer para chegar lá. Vai te ajudar a crescer como pessoa.
Faltou algo? Você possui alguma experiência legal pra contar? Os comentários existem para isso.
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29.4.13
28.4.13
Valentino Rossi pilotando um carro da NASCAR
Aliás, vivem rolando especulações sobre Valentino ir para a equipe do cavalo rampante.
Até um teste ele já fez, e foi bem rápido.
Acontece que recentemente sua patrocinadora, a Monster Energy Drink, o convidou para testar o Toyota Camry de Kyle Busch, da NASCAR.
"Il Dottore", como é conhecido Valentino, não brincou em serviço e, fez um tempo que o colocaria entre os 15 primeiros da Nationwide, o segundo nível da NASCAR, se assim podemos chamar.
Alguma dúvida de que Rossi tem gasolina correndo nas veias?
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27.4.13
26.4.13
Mary Jane
Certo dia, ao chegar ao colégio para estudar, alguns colegas falaram sobre um novo lugar onde a galera ia pra jogar bola, andar de skate e matar aula, em geral.
Na hora aceitei e fomos ao lugar. Era uma praça que ficava no final de uma rua pouco movimentada e bem larga. Na praça, adolescentes bebendo, fumando e jogando futebol. Na rua, skatistas pulavam e faziam manobras sobre caixas de madeira e pedaços de ferro.
Sentamos na calçada pra ver a galera andando de skate, abrimos nossa garrafa de vinho barato que compramos no bar na frente do colégio e começamos a beber.
"Bah, podia dividir esse vinho aí" Ouvimos logo em seguida. A frase veio na direção de três meninas sentadas próximo de nós.
"E o que a gente ganha de volta?" Um dos meus amigos respondeu.
"A gente tem erva. E o bonitinho de olho azul ganha um beijo também, se me trouxer o copo."
Eu, envergonhado como sempre fui, fiquei vermelho na hora. Olhei na direção tentando ver qual delas havia dito aquilo e imediatamente meu olhar se prendeu à menina de cabelo castanho claro com dreads, olhos cor de caramelo e um rosto lindo. Ela fixou o olhar em mim e disse: "Não gostou da oferta?"
Levei o copo de plástico com vinho barato até ela. Ela estava sentada na calçada com seu skate de lixa rosa, com um tabuleiro de xadrez no shape. Ela ficou de pé, pegou o copo, tomou um gole e me deu um beijo longo, com gosto de uva e álcool. Ela me ofereceu o que fumava, eu recusei. Sentei ao seu lado e começamos a conversar.
Ela era linda, completamente apaixonante... Gostava de músicos, artistas, dreads, vestidos, leitura de cartas de tarô, braços fortes, alces, bigodes, fumar, café e refrigerante.
Eu achei estranho, já que não fumei com ela, não tinha(nem nunca tive) braços fortes e tudo o que tinha era uma penugem no rosto e mesmo assim ela havia se interessado em mim. Alguns minutos depois perguntei seu nome. Ela jogou toda a fumaça que tinha no corpo na minha direção e respondeu rindo: "Pode me chamar de Mary Jane".
Trocamos telefones e passamos a trocar mensagens pela manhã e à noite. Ela me ligou algumas madrugadas um pouco alterada e, em uma destas trocas diárias, ela falou que seu irmão mais iria viajar e ela ficaria na casa dele cuidando. Ela me passou o endereço e pediu que eu fosse visitá-la.
Matei aula outro dia e fui até o endereço citado. Ela me recebeu usando um vestido amarelo e acompanhada do cachorrinho do seu irmão. Naquele dia descobri outras coisas que ela gostava, como tatuagens, piercing no mamilo, pornô, falar palavrões e afagos pós-sexo. Pra variar, envolto à fumaça.
Ela tinha um cheiro de rosas, parecia ter o poder de expelir feromônios do amor e possuía lábios venenosos, viciantes. Eu queria largar o mundo inteiro e viver intensamente ali, aqueles momentos... Então fiz a coisa errada, falei que estava apaixonado.
"O quê, tu me ama? Hey rapaz... Eu posso foder teu cérebro. Não é nada pessoal... Essa é a minha natureza. Vou abrir a porta pra ti, vamos nos manter livres, tá? Vamos voar."
Desde então ela ficou distante, perguntei o que havia acontecido e comentei sobre ela estar distante e a resposta foi que aparentemente era isso que ela sempre fazia, pois era o que todos reclamavam. As mensagens e telefonemas diminuíram até se acabarem. Sofri muito tempo sua abstinência, mas em seguida surgiu outra menina que enchesse meus olhos e me viciasse novamente.
25.4.13
24.4.13
Como o tomate ficou com preço de ouro?
O primeiro fator é o mais inusitado: um dos culpados pelo tomate caro demais é o tomate barato demais.
Vamos voltar quatro anos no passado, quando o quilo do tomate a R$ 10 ainda era algo tão distante quanto o teletransporte. Uma caixa com 25 quilos estava saindo por R$ 40 nos centros de distribuição. Era um preço do tipo “bom para ambas as partes”: baixo o bastante para ninguém reclamar e alto o suficiente para fomentar a produção. Os agricultores aumentaram as áreas de cultivo de tomate. A oferta bombou. Mas aí veio o primeiro revés: a demanda não acompanhou. E o preço foi pras cucuias: em 2010 já tinha caixa a R$ 8.
Ótimo para uma das partes, a que compra. E péssimo para a outra. Tinha agricultor jogando caixa de tomate fora – se gastassem com o transporte delas ficariam no prejuízo. Era o crash tomateiro. Depois dessa, as fazendas diminuíram as áreas de plantio de tomate. Natural.
E a oferta minguou. Mas foi bom: com menos tomate no mercado, o preço voltou a um patamar mais aceitável para quem planta – uns R$ 30 a caixa. Só que aí aconteceu algo ruim: uma safra boa. Pois é, a economia agrícola às vezes funciona de cabeça pra baixo.
Uma safra boa pode ser algo ruim quando começa a sobrar produto no mercado. Começou a sobrar tomate. E os preços afundaram – de volta para a faixa dos R$ 10; um valor além da linha vermelha, do ponto de vista dos agricultores. E tome mais prejuízo, mais caixa de tomate abandonada e mais frutos apodrecendo na fazenda, já que nem valia a pena colher.
E o o que aconteceu? Diminuíram mais ainda as áreas de plantio, claro. Pra que gastar dinheiro plantando o que não dá retorno? Em Goiás, por exemplo, reservaram 40% menos terras para o tomate. É do jogo. Isso diminuiria a oferta, faria o preço subir, e o lucro dos produtores voltaria.
Só que entrou um elemento totalmente inesperado nessa história: um ataque de bactérias.
As bactérias que infestam os tomateiros crescem e se multiplicam quando chove demais. Choveu demais. O índice de mortalidade da tomatada aumentou. E a produção despencou: algumas fazendas colheram só um terço do que esperavam.
Tudo isso numa realidade em que as áreas de plantio já estavam bem menores só podia dar numa coisa: o tomate de ouro. Ele ficou raro a ponto de o preço da caixa bater em R$ 150 nos centros de distribuição (dá R$ 6 o quilo, o que nas feiras e supermercados acaba virando R$ 10 fácil); um aumento de 1.775% comparado com 2010. Foi o que alimentou um momento histórico: a estreia dos hortifrutigranjeiros no mundo dos memes.
Mas ok. Foi uma situação atípica. E o tomate a preço de ouro é justamente quem vai trazer de volta o tomate a preço de tomate: vai estimular os produtores a aumentar as áreas de cultivo. E a tempestade ficará pra trás.
Mas não. Isso não vai ser a salvação da lavoura.
O preço do tomate pode ter sido circunstancial. Mas a inflação dos alimentos – e de todas as outras coisas – não. Ela não tem nada de circunstancial. É generalizada. E contínua. E só existe porque hoje há mais dinheiro em circulação do que o país dá conta. Ou seja: mais do que a nossa capacidade de produzir coisas para serem compradas com esse dinheiro. A culpa, em última instância, não é de quem produz o tomate (ou a pizza, ou as quitinetes de R$ 1 milhão). É de quem produz o dinheiro: o governo.
A verdade é que só políticas econômicas desastradas conseguem causar inflações de dois dígitos – e a inflação dos alimentos fechou 2012 em 14%. Mas não espere que o governo assuma isso. Como escreveu Milton Friedman:
“Nenhum governo aceita que é o responsável por uma inflação. Sempre arranjam alguma desculpa – comerciantes gananciosos, sindicatos turrões, consumidores compulsivos, árabes, a chuva. Sem dúvida que comerciantes são gananciosos, sindicatos são duros, consumidores são compulsivos, árabes aumentam o preço do petróleo e, de vez em quando, chove mesmo. Todos esses agentes têm como produzir preços altos para certos itens; mas não são capazes de fazer isso com tudo o que existe. Eles até podem causar subidas e descidas temporárias na taxa de inflação. Mas não têm como dar início a uma inflação contínua. Por um motivo simples: nenhum desses supostos culpados pela inflação tem as impressoras que produzem aquilo que a gente carrega na carteira.”
Esse texto do Friedman tem quase 40 anos. E continua mais atual do que qualquer meme.
Ctrl+C: Superinteressante
23.4.13
Não seja um "bonzinho"
Os homens bonzinhos sempre reclamam que não pegam ninguém, que as mulheres não sabem valorizá-los e preferem sofrer nas mãos dos cafajestes. Esses seres de boa vontade estão prontos para encher a vida das mulheres de amor e carinho, mas elas não querem. O problema é que homens bonzinhos são muito doces e monótonos. A vida não tem graça sem um pouco de sal, pimenta e caos.
As mulheres gostam de ser surpreendidas, desafiadas e dominadas, taí o sucesso absurdo do poderoso Christian Grey em Cinquenta Tons de Cinza para provar. E os bonzinhos costumam fazer de tudo para agradar, deixando o relacionamento previsível demais. A lista de hoje mostra algumas das coisas que as mulheres não gostam nos homens bonzinhos.
Concordam com tudo
Geralmente os bonzinhos detestam conflitos e para evitar qualquer perrengue saem dizendo “amém” para tudo o que as mulheres falam ou pedem. Eles vão na casa da tia-avó, levam o cachorro para passear, defendem as mesmas ideias que elas, mas sem um pouco de discussão ou opiniões diferentes não têm graça.
Babam demais
Eles costumam endeusar as mulheres, colocando-as em um pedestal e exagerando tanto nas bajulações que acabam por sufocá-las. Ficam tão maravilhados com a parceira que mal conseguem conter a própria baba. Elogios assim, de tão repetitivos, perdem o significado.
Querem muito agradar
Um problema sério dos bonzinhos é que eles se esforçam demais para agradar. Querem colocar em prática tudo o que leram nas revistas femininas em uma semana. Eles tentam tanto se transformar no príncipe encantado que fica artificial.
Não têm pegada
Com medo de assustar a mulher e perdê-la, esse tipo de homem costuma ir muito devagar, daquele que pede até para beijar. Enquanto elas estão louquinhas para serem jogadas na parede, eles ainda não passaram do pescoço. Conseguir um tapinha na bunda não vai ser tarefa fácil.
Sufocam
Como bonzinho não costuma ser nenhum Don Juan e nem ter mil mulheres aos pés, quando ele pega não quer largar. Faz de tudo para não desgrudar. Sufoca tanto que dá claustrofobia.
Parecem inseguros
Como estão sempre baixando a cabeça para tudo, parecem que não têm vontade própria, que não têm segurança para assumir suas crenças, seus desejos, seu lugar no mundo. Insegurança é brochante. Além disso, você nunca sabe quem eles são de verdade.
São “boring”
Falta graça, mistério, desafio e excitação nos bonzinhos. Eles estão sempre prontos para servir, mas você já sabe qual prato vai vir: o arroz e feijão mal temperado de todos os dias.
Não inspiram proteção
Se eles não têm coragem nem para expressar o que pensam ou querem, imagine então para segurar a sua mão com força no front de batalha. Essa insegurança toda definitivamente não inspira aquela sensação de proteção que as mulheres tanto gostam.
Agem como amigos
Os bonzinhos funcionam perfeitamente como ombro amigo, sempre dispostos a dar apoio e a concordar com todas as nossas burradas. Sem um pouco de tensão, não acontece a ignição do desejo e a relação fica mesmo só na amizade.
Nota: o termo “bonzinho”é usado nesse texto no sentido pejorativo mesmo, para designar o homem tipo “capacho”. Nada tem a ver com ser bom ou generoso.
Ctrl+C: Casal sem vergonha
22.4.13
Linhas Tortas
Alguns às vezes me tiram o sono, mas não me tiram o sonho
Por isso eu amo e declamo, por isso eu canto e componho
Não sou o dono do mundo, mas sou um filho do dono
Do verdadeiro Patrão, do verdadeiro Patrono
- E aí, Gabriel, desistiu do cachê?
- Cancelei um trabalho aí pra não me aborrecer.
- Explica melhor, o que foi que você fez?
- Tá, tudo bem, eu explico pra vocês:
Tudo começou na aula de português
Eu tinha uns cinco anos, ou talvez uns seis
Comecei a escrever, aprendi a ortografia
Depois as redações, para a nossa alegria
Professora dava tema-livre, eu demorava
Pra escolher um tema, mas depois eu viajava
E nessas viagens os personagens surgiam
Pensavam, sentiam, choravam, sorriam
Aí a minha tia-avó, veja só você
Me deu de aniversário uma máquina de escrever
Eu me senti um baita jornalista, tchê
Que nem a minha mãe, que trabalhava na TV
Depois, já aos quinze, mas com muita timidez
Fiquei muito sem graça com o que a professora fez
Ela pegou meu texto e leu pra turma inteira ouvir
Até fiquei feliz mas com vontade de fugir
Então eu descobri que já nasci com esse problema
Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer, ver
Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema
Meu Pai, eu confesso, eu faço prosa e verso
Na feira eu vendo livro, no show eu vendo ingresso
Na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão
Se isso for um crime, quero ir logo pra prisão
- Ih, pensador, isso é grave, hein!
É, vovó dizia que eu já escrevia bem
Tentei me controlar, me ocupar com um esporte
Surf, futebol, mas não era o meu forte
Um dia eu fiz uns raps e achei que tava bom
Me batizei de Pensador e quis fazer um som
Ficar famoso e rico nunca foi minha meta
Minha mãe já era isso, eu só queria ser poeta
Meu pai, um homem sério, um gaúcho de POA
Formado em medicina, não podia acreditar
Ao ver o seu garoto Gabriel
Com um fone nos ouvidos viajando com a caneta no papel
- O que você tá fazendo? Vai dormir, moleque!
- Ah, pai, peraí, eu só tô fazendo um rap!
Ninguém sabia bem o que era, mas eu tava viciado naquilo
E viciei uma galera!
Não tô vendendo crack, não tô vendendo pó
Não tô vendendo fumo, não tô vendendo cola
Mas muitos me disseram que o que eu faço é viciante
E vicia os estudantes quando eu entro nas escolas
Até os professores às vezes se contaminam
Copiam minhas letras e textos e disseminam
Sementes do que eu faço, já não sei se é bom ou mau
Mas sei que muito aluno começa a fazer igual
Escrevendo poemas, escrevendo redações
Fazendo até uns raps e umas apresentações
Me lembro dos meus filhos e a saudade é cruel
Solidão me acompanha de hotel em hotel
Casamento acabou, eu perdi na estrada
O amor que ainda tenho é o amor da palavra
É falar e cantar, despertar consciências
Dediquei a vida a isso e a maior recompensa
É servir de referência pra quem pensa parecido
Pra quem tenta se expressar e nunca é ouvido
É olhar pra minha frente e enxergar um mar de gente
E mergulhar no fundo dos seus corações e mentes
É esse o meu mergulho, não é o do Tio Patinhas
É esse o meu orgulho, escrever as minhas linhas
Escrevo em linhas tortas, inspirado por alguém
Que me deu uma missão que eu tento cumprir bem
Escuto os corações, como um cardiologista
Traduzo o que eles dizem como faz qualquer artista
Que ganha o seu cachê, que é fruto do trabalho
De cigarra e de formiga, e eu não sei o quanto eu valho
Mas sei que quando eu ganho, divido e multiplico
E quanto mais eu vou dividindo, mais fico rico
Rico da riqueza verdadeira que é de graça
Como um só sorriso que ilumina toda a praça
Sorriso emocionado de um senhor experiente
Em pé há duas horas debaixo do sol quente
Ouvindo os meus poemas em total sintonia
Eu sou ele amanhã, e hoje é só poesia.
21.4.13
Boicotando tomates e comprando carros
Então os produtores aumentaram o preço, e todo mundo continuou comprando. Agora o quilo do tomate custa em média R$ 8, e em algumas situações chega a custar entre R$ 10 e R$ 12. Virou piada generalizada e muita gente indignada (que às vezes compra Red Bull a R$ 15 na balada) está deixando de comprar o pomo de ouro. Como consequência, logo o preço deve voltar ao normal, ou a níveis aceitáveis.
Os carros vendidos no Brasil não têm entressafra, e a produção não é afetada pelas chuvas de verão. Claro, eles têm fatores que os encarecem, como a carga tributária sobre toda a cadeia de produção e distribuição, mas apenas isso não justificaria o preço cobrado por eles. Quem paga R$ 5 no quilo de tomate, pode pagar R$ 8 sem problemas. Três reais não é um valor que deixaria alguém mais pobre ou mais rico. O lance é que as pessoas acham que R$ 8 é caro demais e preferem deixar de comer tomates a pagar mais caro por eles.
Com os carros o negócio é diferente. Segundo o IBGE, nos últimos cinco anos 45 milhões de pessoas ingressaram na nova classe média, e agora têm acesso a crédito facilitado. Outras 55 milhões de pessoas subiram alguns degraus da escada sócio-econômica e agora fazem parte das classes A e B. Apesar dessa migração de classes e da saga rumo à erradicação da pobreza por meio de incentivos governamentais ao consumo (palavras da própria Dilma), ainda é um país com enorme concentração de riqueza. O mesmo IBGE aponta que quase 58% de toda a riqueza do Brasil está nas mãos de 20% da população — ou 40 milhões de pessoas. Parece muita gente, mas é menos que a população do Estado de São Paulo. É como se a grana estivesse em um só Estado e o resto que se dane.
Isso não é nada bom. Especialmente quando a diferenciação sócio-econômica é demarcada pelos padrões de consumo — certos produtos dão status, pois são acessíveis a uma pequena parte da população. Os carros são um desses produtos.
É por isso que algumas pessoas se dispõem a pagar preços que parecem absurdos em qualquer outro lugar do mundo. Consequentemente, isso permite que as empresas tenham margens de lucro mais elevadas no Brasil. Mesmo que seja um carro popular ou uma moto, as pessoas estão dispostas a pagar o valor cobrado.
Duvida? Então veja estas estatísticas divulgadas pelo economista Ricardo Amorim, da Ricam Consultoria, no mês passado: entre 2006 e 2012 a venda de carros diminuiu 8% nos EUA, 11 % na Alemanha, 40% na Itália e 57% na Espanha. Enquanto isso no Brasil as vendas aumentaram 82%.
Motivos para comprar um carro não faltam. Para as classes mais baixas, um carro (ou moto) é sinônimo de independência, e independência é, de certa forma, um pouco de poder. Chega de acordar cedo e pegar ônibus cheios e ficar horas espremido para chegar ao trabalho. Com um carro você pode dormir mais, pode descansar mais, pode sair a hora que quiser para ir aonde quiser do jeito que bem entender.
Para as classes mais altas, voltamos à questão da diferenciação sócio-econômica. Ter um carro mais caro é sinal de status no mundo todo, geralmente porque quanto mais caro, melhor, o que nem sempre é verdade. Mas a essência da compra é essa: status. E não há nada errado com isso. A diferença do Brasil para o resto do mundo é a (falta de) noção do valor pago. Os americanos têm essa noção e os europeus também. Nós não temos.
Deve ser por isso que nossa indignação é com o lucro de um fabricante — que pesquisa, desenvolve e produz tecnologia, gera empregos e paga impostos — e não com a absurda carga tributária imposta sobre um carro, que pode ultrapassar os 50% do valor agora com o “super IPI” para importados não habilitados no Inovar Auto. O Estado embolsa quase 50% dos R$ 96.000 reais pagos por um Hyundai Elantra, mas você tem todo o direito de achar que a culpa dos preços tão caros é a margem de lucro do produtor — geralmente visto como ganância em vez de recompensa pelo trabalho de desenvolver e produzir um veículo.
Mas agora lembre-se dos tomates. Esqueça o impacto visual do índice percentual de aumento (150% é chocante, não é mesmo?) e concentre-se no valor absoluto, seja R$ 10, R$ 8 ou R$ 12 pelo quilo. Por conta de um aumento que corresponde a menos de 1% do Salário Mínimo, estamos fazendo piadas e boicotando produtores de tomate — que é razoavelmente nutritivo e elementar no cardápio brasileiro. Enquanto isso, o mercado automotivo continua aquecido, com aumento de 20% em relação ao mês anterior. Acho que algumas coisas ficam mais claras postas dessa forma e fica mais fácil entender por que a Hyundai (e todas as outras marcas) cobram esses preços por seus produtos.
Eles sabem que não temos nenhuma noção de valor mesmo.
Ctrl+C: Jalopnik Brasil
20.4.13
Nova forma de gerar energia: queimar gordura e óleo dos esgotos de Londres
Agora uma companhia energética vai resolver parte do problema: uma nova estação em Beckton, ao leste de Londres, será abastecida com esse resíduos e gerará cerca de 130 GWh/ano, o suficiente para fornecer energia para 40 mil residências. E parte dos resíduos expelidos pela estação voltarão para os esgotos, criando um ciclo que, segundo Bob Smith, coordenador técnico da Thames Water, a empresa fornecedora de água e esgoto, será um win-win scenario que beneficiará a todos.
Bem, quase todos. Infelizmente alguém vai ter que fazer o trabalho pesado, e literalmente minerar toda a gordura que entope as galerias, na unha. Apenas calculem.
Ainda assim é uma alternativa de produção de energia relativamente barata, usando “tudo o que vai para o esgoto e tudo o que não deveria ir”, nas palavras de Bob Smith. Mas não deixa de ser uma solução bem nojenta!
Ctrl+C: Meio Bit
18.4.13
17.4.13
Publicidade criativa
"Trailer Surpresa" da CCBEU
"Lacre de segurança contra o Câncer de Mama" da Federação Polonesa de Sobreviventes do Câncer
"Karaokê Bafômetro" do Bar Aurora
Ctrl+C: Treta
16.4.13
14.4.13
Acelere com esta playlist feita pelo DJ de Sebastian Vettel
Use com responsabilidade.
Ctrl+C: Jalopnik Brasil
13.4.13
Fantasia
Acompanhar dezenas de mulheres dançando e tentar acertar o nome de alguma de relance.
RABESH!
Aliás, porque ficávamos tão fissurados em guardar os nomes delas, que eram tão criativas na hora de se apresentar, como a SA…….BRINA.
A Direção de Arte era impecável.
E obviamente, Carla Perez, que sempre foi a rainha do programa e nunca deixou as dançarinas tentarem apagar seu brilho
e sua sabedoria. I de escola ou E de isqueiro?
Enfim, Carla Perez todo dia na televisão.
Às vezes elas não sabiam o que fazer.
Muitas das vezes na verdade.
Os convidados de sucesso eram um bônus
porque o principal eram as brincadeiras: adivinhar em qual forno estava o frango,
e o Para a Bola…
que às vezes dava errado. Programa ao vivo né, sabe como é.
Quando a gente não sabia a palavra secreta dava uma tristeza,
Elas faziam muita pressão.
E óbvio. A música de abertura. Calorrrrr, céu-azul verde-marrrrr.
Ctrl+C: Melhor que Bacon
10.4.13
Lógica de algumas igrejas
No programa “Agora é tarde” do Danilo Gentili, o Pastor Marco Feliciano diz ser “perseguição evangélica” ao ser questionado pelo método do dizimo de sua igreja já que todas as religiões também pedem o mesmo. Bem, uma coisa é você doar dinheiro voluntariamente para uma instituição de seu agrado, outra, é essa instituição exercer uma pressão psicológica absurda para que seu frequentador doe grandes quantias e bens para a igreja, caso contrário o “seu Deus” não lhe dará a mínima. Ou seja, agora você compra um milagre, podendo até parcelar o amor de Deus no cartão! Isso é um assalto psicológico! Estamos voltando a idade medieval em que a população pobre e ingênua era extorquida pela igreja com medo de não ter um cantinho no céu. Uma pena a Lei não se manifestar contra este fato pois no bom senso de todos é um crime vergonhoso!
Ctrl+C: Um Sábado Qualquer
9.4.13
Como transformar uma garrafa de uísque em um abajour
Ctrl+C: O Macho Alpha
"Ai, o video tá em inglês e não tem legenda em português..." Você não vai comentar isso, né?
8.4.13
Professor dando aula com funk
Esse vídeo gerou uma conversa interessante com um amigo que faz Química na Ufrgs sobre ele estar realmente ensinando ou apenas ajudando a decorar. Meu ponto de vista foi que tornar a aula divertida evita que o aluno deixe de ir às aulas e também aumenta o interesse deles na matéria, o que torna o aprendizado algo que naturalmente vem com esse interesse.
Uma coisa, infelizmente acontece e ninguém discorda, o professor cada vez tem um trabalho menos valorizado, mesmo sendo tão essencial.
E qual a sua opinião?
7.4.13
Veja dois irmãos quebrando o recorde mundial de baliza mais apertada
Depois de algumas tentativas frustradas um deles conseguiu encaixar o carro em um espaço apenas 13,1 cm maior que seu Mini. Superado o recorde, seu irmão tentou apenas mais uma vez, numas de “vai que dá”.
Pois deu, e agora os irmãos John e Alastair Moffatt são os detentores do recorde mundial de baliza mais apertada.
Ctrl+C: Jalopnik Brasil.
6.4.13
GoRun - Ganhe recompensas por seus exercícios
O Kickstarter é uma plataforma de crowdfunding, ou seja, um local onde pessoas com boas ideias arrecadam dinheiro de quem tem interesse em vê-la sair do papel e contribui com a carteira para que isso aconteça. Casos de sucesso não faltam, e o GoRun espera tornar-se mais um.
Além da forma de criação, o GoRun tem outro grande diferencial: ele promete dar recompensas reais (tangíveis, que dá para segurar com a mão) aos atletas de fim de semana mais dedicados. Para tanto, a sua base está em um sistema de recompensas.
Por meio de parcerias com lojistas e empresários, o GoRun terá uma loja de recompensas. A moeda ali não será o dólar, a libra ou o real; será o seu esforço físico. Então imagine que, por exemplo, uma cafeteria coloque ali um cappuccino gelado ao preço de uma corrida de 30 minutos. Ou uma loja de artigos de esporte dê 50% de desconto em tênis para corrida para quem se exercitar cinco dias seguidos. A brincadeira é mais ou menos essa.
Ctrl+C: Red Bull
4.4.13
Zombie Story!
Spoilers por sua conta e risco.
Ctrl+C: Garotas Geeks