Um garoto canadense de 16 anos fez o que pesquisadores muito bem pagos no mundo todo não conseguiram e agora pode ser considerado herói da ecologia.
As sacolas plásticas são um dos grandes vilões do meio ambiente na atualidade, além de demorarem 100 a 200 anos para se decomporem nos aterros sanitários suas moléculas plásticas podem demorar até 1000 anos para se degradarem nos elementos básicos, e o mundo produz cerca de 500 bilhões destas sacolas por ano.
Além disto elas entopem canos e bueiros nas cidades, provocando alagamentos e inundações e também matam animais que as ingerem por acidente, uma baleia foi encontrada morta com mais de 100Kg de sacolas plásticas no estômago, só para ter uma idéia de que o problema vai muito mais longe do que os lixões e encanamentos entupidos nas cidades.
A idéia
Pensando neste problema, um estudante canadense chamado Daniel Burd, de apenas 16 anos, desenvolveu um raciocínio muito lógico e à princípio bem simples e que foi apresentado na Feira de Ciências Escolar Nacional em Ottawa, Canadá.
Se uma sacola plástica for deixada no solo ela vai ser decomposta com o tempo, pode levar séculos, mas será decomposta. Então, o que a decompõe?
Partindo deste raciocínio e com a idéia de que o processo de degradação do plástico era de origem bacteriana ele montou seu primeiro experimento que consistia em isolar o microorganismo responsável por esta degradação, e não é fácil porque esta bactéria não existe em grande quantidade na natureza. (Na foto, o rapaz cercado de sacolas plásticas e com o troféu da feira de ciências)
O método
Ele moeu as sacolas plásticas até virarem um pó, juntou água da torneira e fermento de pão, misturou tudo e juntou terra do quintal mesmo, tudo isto dentro de um recipiente a 30 graus. A cada 4 semanas ele removia uma amostra da mistura e colocava em uma nova preparada da mesma forma, com isso aumentando a concentração de bactérias. Depois de 3 meses ele filtrou a cultura bacteriana e colocou em 3 frascos contendo tiras de sacolas plásticas, como controle ele fez um quarto frasco com a cultura fervida (bactérias mortas). Em 6 semanas as amostras de plástico nos frascos de cultura tinham perdido 17% de sua massa enquanto a amostra de controle continuava igual.
Refinando o processo
Com o uso de cultura em Placas de Petri com nutrientes ele acabou descobrindo 4 tipos de bactérias no solo e que duas delas funcionavam para degradar o plástico, juntando apenas as duas efetivas a eficiência do processo subiu para 32% em 6 semanas Se adicionar um pouco de acetato de sódio para alimentar as bactérias a 37 graus foram 43% de consumo de matéria plástica em 6 semanas, em pouco mais de um três meses ele supõe que todo o plástico estaria degradado.
Note, não é apenas desmontar a sacola em pequenos pedaços ou moléculas de plástico, mas sim destruir completamente, aquele processo que podia demorar até 1000 anos em apenas 3 meses. O garoto ainda testou o método em uma escala maior, com um balde cheio de sacolas e a efetividade foi a mesma, de modo que deve ser simples reproduzir o sistema em escala industrial e com baixíssimo custo.
E no fim das contas
Como prêmio ele ganhou 30 mil dólares e espero que tenha registrado o método para que possa ganhar alguma coisa com isto no futuro. Certamente existe espaço para otimização do processo mas assim como está já é algo fenomenal que ninguém tinha feito antes.
Ctrl+C: news errado
--------------------------
Não sei se a notícia é verdadeira, pois é antiga(2008) e não vi nenhum governo anunciando usar este método.
Essa história das sacolas plásticas sendo proibidas só dá pano pra manga. O problema não está nas sacolas, mas na porcentagem reutilizada. Assim como garrafas pet e tantos outros plásticos por aí.
Os argumentos são sempre os mesmos "uma baleia foi encontrada morta com milhares de sacolas nos estômago". Estas sacolas não deveriam ter ido pra água, pra começo de conversa.
O trabalho não tem que ser de impedir que agente use sacolas pra comprar sacos de lixo depois, ou pagar pelas sacolas biodegradáveis que os mercados não querem pagar. tem que ser na cabeça das pessoas. Quem joga lixo na rua causa esses problemas.
Se o plástico for pro lugar certo e for reciclado, não há motivos pra proibir nada.
Todo mundo sabe: Lugar de lixo é no lixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário