Uma coisa que eu sempre tive em relação a certas mulheres que surgiram na minha vida é a questão do cheiro.
"O cheiro da Louca maldita", o nome do perfume sendo falado quando alguém usando ele passa por mim(causando, às vezes, situações engraçadas e constrangedoras), ou, simplesmente aquele cheiro que existe.
Então, acontece que São Paulo não é tão ruim assim.
A cidade é enorme, tem milhões de pessoas, poluição, confusão, correria... Mas, às vezes, a cidade pára, a música toca, tudo fica perfeito. Uma simples garota que nunca mais verei na vida caminhando na Sé, como se embalada por Bob e "Jamming" escrito em suas costas, aquela Pizzaria que faz eu pensar que estou em casa, aquela garrafa de vinho tomada no viaduto Santa Ifigênia enquanto diversas pessoas passam, aquele bar que é perfeito, em decoração, música e no cardápio...
Mas, e o perfume?
Bom, acontece que uma paulistana usa um perfume que me lembra uma música "Fica sempre um pouco de perfume", de uma ocasião de muito tempo atrás.
Eu, acostumado com garotas decididas, diretas, caras-de-pau e gostando disso, me rendi de forma boquiaberta quando essa paulistana disse querer me falar algo, fomos tomar um café e ela não teve coragem de me falar o que queria, mesmo eu sabendo o que era.
Não vou esquecer a cena do dia em que a fiz parar:
"Se é o que eu acho, eu quero a mesma coisa."
"Você não acha, você tem certeza."
Ela me conquistou tendo vergonha até de olhar nos meus olhos e dizer que estava afim de mim.
E o cheiro veio pra mim.
Agora, enquanto escrevo, tenho vagamente o cheiro na minha camisa, resultado de um abraço, nada mais, e a música na cabeça:
♪ Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas ♪
Puro, lindo, simples... Do jeito que sempre deveria ser.
Um comentário:
To vendo que Sampa ta ficando pequena pro nosso querido gafanhoto, ou seria lagartixa? hehe! Mas esse lance do perfume faz todo sentido sim!
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