30.11.09

Penso, logo desisto - 2

ATENÇÃO

Tampouco é para o cérebro e sua memória visual. No ano passado, pesquisadores de Universidade de Pensilvânia estimaram que

a retina humana pode transmitir informação a uma velocidade quase igual à de redes de computador Ethernet, a 10Mb/s. Grosso modo, seriam 36Gb/hora,

aproximadamente 576Gb ao dia, e mais de 200 Terabytes ao ano. Um senhor de oitenta anos teria quase 17 PETAbytes transmitidos por sua retina. Isso é mais do que toda a capacidade de armazenamento do Google e seus mais de 450.000

servidores. Estaria tudo isso sendo armazenado em uma pequena parte do cérebro daquele velhinho sentado na esquina?


Experimentos científicos sugerem que não. Mesmo todas as informações captadas por nossa retina – fora do pequeno ponto cego – não são realmente capturadas por nossa memória e atenção.


Experiências de “cegueira de atenção” mostram que somos incapazes de perceber grandes mudanças em imagens. Não acredita? Confira este truque de baralho com cores que mudam.



Estas demonstrações não são apenas curiosidades evidenciando nossa desatenção. Eles questionam fundamentalmente nosso senso comum sobre a consciência e percepção como um fluxo contínuo e rico de estímulos. Ao invés, nosso cérebro constantemente filtra a sobrecarga gigantesca de informações que recebemos, principalmente de nossos olhos, e gera uma ilusão de consciência contínua sobre tudo que ocorre à nossa volta. Em realidade nossa percepção é estreita e fragmentada. E não é só.


Continuando o post anterior, excelente texto de Kentaro Mori, divulgado no Dúvida Razoável, do Sedentário & Hiperativo.
Por um Mundo + AWAY! 2000inove!

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