Em 1925, os organizadores das 24 horas resolveram adotar uma nova largada. Os carros começaram a ser posicionados de acordo com a classificação no pit lane. Os pilotos aguardariam a bandeira da França tremular como sinal de largada, e então correriam em direção aos carros.
Dizem que é esse o motivo dos Porsche terem a chave de ignição no lado esquerdo do volante. Assim os pilotos conseguiriam ligar o carro com uma mão e engrenar a primeira com a outra. Stirling Moss, por sua vez, usava um método mais prático: ele deixava o carro engatado na primeira marcha, e ao entrar no carro dava a partida sem embrear, o que fazia o motor de arranque dar um tranco no carro. Nessa hora ele modulava a embreagem, e acelerava forte já em movimento.
Entretanto, nos anos 1960, começaram a acontecer uma série de acidentes perigosos logo nas primeiras voltas. Os pilotos entravam no carro e na pressa para arrancar saíam sem cinto de segurança. Em 1968, o piloto Willy Mairesse sofreu um grave acidente com seu Ford GT40 na reta Mulsanne ainda na primeira volta. Ele sobreviveu, mas o acidente acabou com sua carreira e em 1969 ele cometeu suicídio.
Nesse mesmo 1969, Jacky Ickx recusou-se a correr até seu Ford GT40. Enquanto todos corriam ele caminhou tranquilamente, entrou no carro, afivelou o cinto e então partiu. Na primeira volta, o piloto John Woolfe sofreu um acidente fatal por não estar usando o cinto. No fim das 24 horas, Jacky Ickx venceu a corrida por 120 metros. Esse gesto acabou provando que a largada Le Mans era uma tradição incompatível com a segurança e que não fazia diferença alguma depois de 24 horas de corrida.
Por isso, em 1970 a largada foi feita com os carros alinhados no pit lane, mas com os pilotos dentro dos carros. A partir de 1971, foi adotada a largada lançada, que persiste até hoje.
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