Ninguna cerca se grampa
O homem é o Deus na terra
E o centauro a sua estampa
Os meus olhos transnoitados
Como estrelas pirilampas
São um mapa de casco e flores
Quando cavalgo na pampa
Vem nos bastos paissandu
Nas chilenas cantaderas
No fio das guajuvira
Nos bulbos de alma leguera
Vem nos palas curraleiros
Na humildade das taquaras
Onde tremulam bandeiras
Pra se esquecerem fronteiras
Por sorte, hoje encilho um verso
Como quem monta um bete
Não estou só, estou de a cavalo
Aonde o pago me vê
Estrada feita na guerra
Na amizade se refaz
Por que aí vão de a cavalo
Os cavaleiros da paz
Hasta la vuelta
Eu vou e volto
Não é um adeus
Eu sou da tribo do pé no estribo
Me dá um amargo
Porque a lo largo, amanheceu, amanheceu
E lá se vão, lá se vão os Cavaleiros
Lá se vão os companheiros da paz...
Como estes homens e seu cavalos
Lá vão os galos
São os centauros, vivem assim
Viejo Sapiavas
Encilham sonhos no continente
Um sonho bueno
Que não tem fim
Que não tem fim
E lá se vão, lá se vão os Cavaleiros
Lá se vão os companheiros da paz...
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