Catrina foi uma mulher que conheci por acaso, em uma situação não muito comum.
Ela era linda, de cabelos e olhos castanhos, aparência sempre impecável, bom gosto para tudo. Homens, carros, apartamentos, celulares, computadores, geladeiras, carpetes, bolsas, relógios, sapatos, vestidos, colares...
Ela tinha tão bom gosto que seu trabalho era, justamente, criar as novas tendências para tudo. Ela, literalmente, dava aulas de marketing.
Ela possuía o celular da moda, o carro da moda, sapatos, bolsas e vestidos de extremo bom gosto.
Mesmo que existissem celulares mais baratos que fizessem a mesma coisa, que seu carro fosse um monte de plástico com um motor de máquina de lavar roupas e que as roupas e acessórios fossem desconfortáveis de se usar.
Seu computador era lindo, referência em design, lindo, elegante... Mesmo que com metade do valor ela conseguisse comprar um outro de mesmo desempenho.
Ela não ganhava tanto quanto aparentava, por isso, seu carro era o popular da moda. Ela falava que era pra salvar o meio ambiente. Afinal, salvar o meio ambiente era o que estava na moda na época.
Já tinha ido pra cama com alguns dos mais lindos jovens milionários brasileiros e mesmo alguns internacionais, graças à sua aparência, influência e modos perante a sociedade.
Estava sempre presente nas festas da alta sociedade mesmo não tendo o mesmo caixa. Ela ainda era uma empregada e não empresária como a maioria de seus contatos.
Ela aparentava muito mais do que realmente tinha, seus acessórios assim o faziam parecer. Tanto o faziam que foi vítima de um latrocínio...
Os bandidos se assustaram e foram embora, sua vida foi embora. O carro, ficou. O celular, ficou. Seu pertences, o apartamento, o computador, o relógio, os vestidos, os sapatos, os colares, as flores que algum milionário mandou, tudo isso ficou.
O meio ambiente, ficou.
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