27.8.11

Ruby Who?

Era sexta-feira, feriado? Não, nem a pau. Não existe feriado pra quem é amado por Murphy.

Levando-se em conta que eu ainda não conheço São Paulo muito bem e que eu tinha que dar treinamento em um lugar que não fazia a menor idéia de onde era, com pessoas que eu nunca tinha visto e não tinha a mínima noção de como ia ser recebido. Só sabia que ia ter piadinha de gaúcho(sempre tem). O dia tinha tudo pra ser fantástico.

De fato, foi. Exatamente como Murphy previu.

Cheguei atrasado por simplesmente não saber chegar, ouvi piadinhas, não obtive o respeito esperado, vários contratempos fizeram não conseguir aplicar todo o conteúdo e, acabamos exatamente em horário de pico. 5 e meia da tarde, sexta, feriado. Tudo de bom.

Aí, então, chegamos à parte em que eu pego o ônibus pra voltar pra casa. A melhor e mais emocionante parte da minha vida de gaúcho em São Paulo.

Pra começar, a crítica. Tem certos lugares em que existe uma fila pra ir sentado e uma fila pra ir em pé no ônibus. A fila pra ir sentado é quilométrica. Aí a pessoa fica 20, 25 minutos esperando em pé, numa fila gigante, pra entrar no ônibus, sentar e andar 10 MINUTOS sentado. Parabéns, champs...

Bom, 300 pessoas pra entrar em um ônibus onde cabem mais 5...
Na fila, um cara enorme, uma estudante, uma baixinha, eu, uma peituda e mais uma galera, pra se perder de vista.
Enquanto estamos entrando, não sei se é o ônibus certo. Mas, a baixinha pergunta antes de mim ao cobrador:
- Moço, esse ônibus passa na Faria Lima?
- Passa sim, minha linda. Se não quebrar, ele passa!
Beleza, é o ônibus certo, vou descer duas paradas depois dessa. Agora é torcer pra não quebrar.
Entramos todos, os 300. Não tem mais lugar onde segurar no ônibus, tenho que me agarrar naquela alça que só serve pra gente ter menos apoio ainda.
O ônibus, com toda aquela galera começa a andar, começam a falar de futebol perto, mas, nem dá pra ver quem é, não dá pra virar a cabeça direito e ver quem tá ao lado. Mas, parece que metade do povo dessa maldita cidade é corintiano, caramba...
Chegando no tal cruzamento, a galera começa a se mexer pra descer. Todo mundo apertado e mesmo assim se mexedo. Parece o Brás, pra entrar no metrô às 8 da manhã de segunda-feira.
Quando, do nada, o motorista freia. Bom, aí agente descobre que sempre tem como piorar a coisa.
Parecia que era uma máquina de lavar. A galera desce, eu sigo até minha parada, muito mais confortável sem uns 150 que desceram na Faria Lima.
Quando estou descendo, noto algo vermelho como ruby. Que merda, ganhei um beijo no ônibus, e nem sei de quem foi...
Valeu de novo, Murphy.

Vou dizer o quê em casa?

3 comentários:

Amanda Melo disse...

Isso nao e nada ...o pior e o trem se no onibus cabem 300 imagina num vagão de trem ...vão caber1000..
vou esperar voce fazer o teste

Amanda Melo disse...

Bom se vc acha ruim o onibus, imagine vpce dentro de um vagam de trem, pensa em mais de 500 pessoa se expremendo, e descobrindo a intimidade uma das outra ao inves de um beijo se vc for menina voce sai do vagam gravida e nem vai saber quem e o pai.......... Se voce exprementar me avisa ...bjs

Ana Zortéa disse...

Sério, ficou muito muito muito bom tua versão pessoal+releitura.

e outra coisa, esse é teu texto mais paulista de todos! :~