27.3.11

Patrícia

Certa vez, enquanto veraneava em Santa Catarina, conheci uma uruguaia chamada Patrícia...

Ela era bem atraente, longos cabelos castanhos, assim como seus olhos.
O que eu sempre gostei nas argentinas e uruguaias é o jeito que elas têm. Conseguem, ao mesmo tempo, ser desinibidas e recatadas. Te dão tudo e nada ao mesmo tempo, e isso me fascina.

Era verão, Santa Catarina, tempo lindo...

Agente se encontrou pela primeira vez por intermédio de amigos, tentamos uma primeira comunicação. Mas, como falei do seu jeito, eu não tinha nenhuma certeza se ela tinha se interessado em mim ou estava apenas sendo simpática.
Tentei diversas vezes ficar em qualquer lugar sozinho com ela, pra ver se tirava essa minha dúvida e, conseguia conquistá-la. Mas, sempre acabavam nos interrompendo antes da primeira palavra ser proferida.
Os olhares dela me deixavam louco, pois nunca sabia o que aqueles olhos queriam. Pareciam uma criança sapeca que acabara de fazer algo que não podia e estava tentando esconder.

Um dia depois, saímos de galera, à noite.
Foi quando, depois de muito tempo, a vi sentada, em um dos cantos do lugar, tomando uma cerveja homônima.
"Quieres?"
"Qual das Patrícias?"
Ela sorriu. Tentamos, por alguns minutos, conversar, mas, foi em vão. Infelizmente, odeio espanhol e, ela, não estava entendendo muito bem o português. Fizemos cara de triste, como a de "tentamos, mas não deu."

Saí, enquanto ela ficou sentada na mesa.
Ela tomou mais algumas cervejas e, sempre que olhava pra ela, ela estava me olhando. Sorríamos um pro outro de forma amigável. Mas, isto se repetiu tantas vezes que, repentinamente, achei uma solução.

Corri até a mesa...
"Do you speak english?"
"Sure!"
Dois rostos sorrindo...

No fim, mesmo em inglês, poucas palavras foram ditas.

3 comentários:

Unknown disse...

É Tramontin...gostei da história. Pena não ter tido um final feliz :(

G.F. disse...

fora tu e outro amigo chamdo sérgio, estopu para ver texto, tão bem elaborados...gosto muito que tu escreve tramonta, continua ae....

Anônimo disse...

livre interpretação é uma coisa genial, eu já achei que foi um final feliz.

só que nunca se odeia idioma de guria interessante. nunca ;)