Ela era dona de casa.
As vizinhas fofoqueiras da rua já haviam excluído ela há tempos da roda de fofocas, afinal, ela era o assunto mais recorrente.
Ela nunca ficava sabendo das fofoca quentes da rua, afinal, ela era a fofoca quente da rua.
Então, ela chutava o balde mesmo.
Ela dava as festas mais alucinantes da cidade. As vizinhas podiam ser vistas das suas varandas, cheias de plantas, com binóculos, olhando cada detalhe pra poder fofocar horas depois.
As festas rolavam soltas.
Eu e ela sentávamos em baixo da escada, com uma garrafa de Whisky.
O quê agente discutia? Não sei, eram assuntos loucos e, sempre eram os mesmos, afinal, na próxima festa, já não lembrávamos o que havíamos discutido na anterior. Tudo era sempre novidade.
O Sol raiava.
O pátio? Cheio de gente caída. A maioria nem sabia como tinha chegado lá.
Eu e ela pegávamos nossos óculos escuros e íamos até o mercadinho.
O quê íamos comprar? Vodka.
E as vizinhas? Bom, elas, apavoradas, olhando nós dois, compravam suas verduras para o almoço.
E nós, um apoiado no outro.
Se isso não é amor, não sei mais o que seria.
Keep Simple!
Um comentário:
conheço essa história :)
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