7.11.10

Todo mundo vai morrer um dia

Eu e ela éramos mais que amigos.

Por muito tempo nosso amor foi forte.

Não lembro direito quanto tempo fazia, mas, estava com medo que chegasse aquele período em que começam as brigas, um começa a se afastar do outro, a rotina toma conta e fica sem graça, daí pra traição e perda de confiança é um pulo e, quando acaba a confiança, acaba o relacionamento.

Antes que qualquer possibilidade virasse realidade, decidi tirar as possibilidades dela.

Então, fiz tudo certo. Um restaurante caro, o restaurante que comemoramos nosso primeiro ano. Um pedido com classe. O anel no fundo da taça de Champagne. Eu de joelhos, metade do restaurante, se não mais, olhando.

Ela riu, quase fiz ela rir até chorar.

Todos olhando, meu esforço, meu dinheiro, minha atuação e as palavras prontas do pedido. Toda a cena, acabou na risada.

Ela nem era tão boa assim de cama, dormindo, ela era pior.

No café da manhã, então, tudo mudou para muito melhor.

"Vem cá, puta de merda!"

"Eu sei que não é a tua hora, mas bye, bye."

Devo tê-la esfaqueado umas 50 vezes. Tirei o seu coração na frente dos próprios olhos. Eu nem acreditei.

Todo mundo vai morrer um dia.

Dessa vez ela foi perfeita, nunca tinha sentido tanto prazer.

Comemorando o Haloween e, em tributo ao The Rev.

Keep Simple!

Um comentário:

Daya disse...

Achei melhor a parte "Devo tê-la esfaqueado umas 50 vezes. Tirei o seu coração na frente dos próprios olhos. Eu nem acreditei." *-*
apesar de não ser muito romantico, mas é profundo :)